O Ministério do Ambiente e Acção Climática convocou uma conferência de imprensa, no passado dia 1 de Fevereiro, onde apenas os jornalistas vacinados foram autorizados a participar, denunciou o jornal Página Um.
A conferência de imprensa, sobre o tema da seca, realizou-se nas instalações do Ministério do Ambiente, na Rua de O Século, em Lisboa. “A exigência do Ministério do Ambiente excede em muito aquilo que constituem as normas sanitárias”, escreve o Página Um. “Na verdade, o acesso a um edifício ministerial deverá ser livre – não sendo sequer necessário exibir um teste negativo, e muito menos um certificado digital de vacinação ou de recuperação –, sendo apenas exigível, como em todos os espaços interiores, o uso de máscara facial”.
A assessoria de imprensa do Ministério disse ao Página Um que a convocatória terá sido um “equívoco” e que “a formulação não terá sido a mais feliz”, mas disse que “é necessário aos jornalistas apresentarem um certificado de vacinação, de recuperação ou um teste negativo para aceder às instalações [do Ministério do Ambiente], como é comum em espaços onde se concentra um grande número de pessoas.”
Uma vez que a restrição no acesso a edifícios governamentais não está sujeita a nenhuma daquelas disposições, o jornal voltou a questionar o Ministério do Ambiente, mas não obteve resposta. “Oficialmente, o Ministério do Ambiente não informou o Página Um se algum jornalista foi impedido de entrar naquela conferência de imprensa, ou se, no futuro, será vedado o acesso a um evento similar, ou mesmo conversar com o ministro Matos Fernandes, se não apresentar certificado digital (de vacinação ou de recuperação) ou um teste negativo”, escreve o Página Um.
Resposta do Ministério do Ambiente
Até ao momento, não recebemos qualquer resposta do Ministério do Ambiente.
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