A Comissão de Acesso aos Documentos da Administração (CADA) obrigou o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) a informar se o deputado e líder da UNITA, Adalberto Júnior, era ou não licenciado por aquela instituição, como fazia constar no seu currículo no site do Parlamento angolano. Depois da decisão da CADA, o ISEP revelou que o deputado concluiu os seus estudos em 1995, com a classificação de 11 valores. Na altura, o ISEP não concedia a licenciatura, pelo que Adalberto Júnior é apenas bacharel por aquela instituição.
No parecer, que responde a uma solicitação do jornalista João Bénard Garcia, a CADA refere que a informação sobre se uma pessoa terminou ou não os seus estudos numa determinada instituição deve ser pública: “Veja-se que se não tiver sido conferida pela entidade requerida nada se poderá concluir quanto à detenção da mesma pela pessoa em causa”, refere a CADA. “Assim, se a entidade requerida verificar que conferiu, não viola qualquer direito e proteção,
pois que apenas revela uma atuação da sua parte quanto a elemento habilitacional público. Se não tiver conferido, também nada revela sobre dados protegidos da pessoa, apenas que sobre essa pessoa não tem os dados solicitados.”
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